Pela terceira vez consecutiva, a categoria “marca de carro” teve a liderança dividida por Fiat e Chevrolet na pesquisa Anuário Datafolha Top of Mind. A italiana foi mencionada, de maneira espontânea, por 22,5% dos entrevistados (eram 22,1% na edição anterior), enquanto a norte-americana recebeu 19,4% das citações (eram 20,8% na edição anterior).
A situação de empate ocorre devido à margem de erro da pesquisa, de quatro pontos para mais ou para menos. Nesse caso, utiliza-se o teste estatístico de proporção como critério de desempate. Mesmo com a aplicação do teste, o empate se manteve. Nas classes A e B, Fiat e Chevrolet também dividem a liderança. Os percentuais são, respectivamente, 25,6% (eram 22,5% em 2023) e 18,4% (eram 21,7% em 2023).
A Fiat nasceu na Itália em 1899 e chegou ao Brasil em 1976. Três fábricas produzem os modelos da italiana na América do Sul, estando em Betim (MG), Goiana (PE) e Córdoba (Argentina). A história da montadora no Brasil teve quando foi inaugurada a fábrica de Betim. Gera mais de 27 mil empregos diretos no País.
André Montalvão, responsável pela operação comercial Fiat e Abarth, destaca o panorama no Ceará. “Vemos com muito otimismo o mercado automotivo do Ceará para 2024. No ano passado, foram emplacados mais de 43 mil carros no Estado, e a Fiat obteve uma participação de mercado de 22,3%”, afirma. A Fiat é uma das marcas da Stellantis, fruto de uma fusão, em 2021, entre as fabricantes Fiat-Chrysler e o Grupo PSA. O grupo automotivo engloba as marcas Abarth, Chrysler, Citroën, Dodge, Jeep, Peugeot e Ram.
A Chevrolet começou suas atividades em 1911, quando a General Motors (GM) convidou o piloto Louis Chevrolet para estar à frente de um dos protótipos produzidos para as pistas. William C. Durant, fundador da GM, associou-se ao piloto e fundou a marca Chevrolet.
As primeiras fábricas da montadora tiveram sede em Nova York e em Michigan, nos Estados Unidos. Em 1925, foi criada a primeira fábrica brasileira da montadora, em São Paulo. Dois anos depois, já estava instalada a segunda fábrica da Chevrolet no Brasil, em São Caetano do Sul (SP). A marca calcula 16.400 colaboradores na América do Sul.
“Estamos trabalhando para sermos inovadores, estarmos sempre à frente, desenvolvendo produtos e serviços de alta tecnologia, focados nas demandas do cliente e, ao mesmo tempo, antenados aos principais movimentos da sociedade para seguirmos trazendo valor aos nossos clientes”, frisou Ernst Friedheim, gerente de Marketing Regional da Chevrolet. A alemã Volkswagen teve 15% das menções (eram 20,2% em 2023).
Nos dois anos anteriores, a marca esteve na liderança por empate. A história da montadora no Brasil começou em 23 de março de 1953, em um galpão na Rua do Manifesto, no bairro Ipiranga, em São Paulo. O sucesso em vendas à época incentivou a construção de uma fábrica no País, indo além da montagem de veículos e servindo como base de exportação para toda a América do Sul. A marca calculava mais de 13 mil colaboradores no País em fevereiro de 2024.
Conforme Roger Corassa, vice-presidente de Vendas & Marketing da Volkswagen do Brasil, a montadora tem investido em uma estratégia para estar mais próxima das pessoas e oferecer a melhor experiência. “O mercado cearense tem se mostrado resiliente mesmo diante de desafios econômicos, como a alta taxa de juros que impacta os financiamentos no País”, disse Roger ao avaliar o cenário no Estado.
Outras marcas lembradas pela população geral foram: Toyota (9,2%), Ford (7,3%), Hyundai (4%), Honda (2,3%), Mercedes-Benz (1,3%), BMW (0,9%) e Renault (0,9%). Uma parcela de 10,7% não soube informar o nome de alguma marca de carro. Em 2023, eram 6,4%.