A marca Santa Clara é, mais uma vez, a mais lembrada quando a pergunta é café. Enquanto o cearense vai ficando menos esquecido ao informar alguma marca da bebida — na pesquisa, 1,2% dos entrevistados não soube apontar nenhuma marca quando perguntados, ante os 2,9% da última pesquisa, realizada em 2016 —, a Santa Clara cresce como referência na mente dos consumidores. Na edição atual, a marca foi espontaneamente citada por 47,3% dos cearenses.
A cada ano, a Santa Clara consolida o protagonismo do segmento no Estado. Este é o melhor resultado obtido desde o início da pesquisa, em 2002. Na edição anterior, a marca foi a mais lembrada por 45,9% dos entrevistados. Nesta edição, o crescimento foi de 1,4 ponto percentual. Na sequência desta edição, aparecem as marcas Pilão (16,9%), União (9,3%), Três Corações (8%), Maratá (5,5%), Nescafé (3,4%) e Kimimo (1,9%).
A gerente de marcas do grupo 3corações, dona da Santa Clara, Luiza Cerqueira, diz que a liderança nas regiões Norte e Nordeste do País tem sua justificativa “na excelência do produto e no respeito que a marca busca cultivar com seus clientes”. “Por priorizar o consumidor em tudo o que fazemos, criamos laços legítimos e duradouros. Estamos trabalhando para atender as necessidades e expectativas deles. A excelência do produto, do grão à xícara, vem crescendo ano após ano próximo à sua gente.” Outras marcas do portfólio do grupo 3corações foram citadas, como Três Corações e Kimimo — esta a marca mais popular da companhia.
A Santa Clara tem o Ceará marcado em sua história por ter sido o local onde a empresa inaugurou sua primeira fábrica, em 1990. Mas a trajetória da marca teve início mesmo em 1959, quando João Alves de Lima começou a vender grãos crus de café de porta em porta, no interior do Rio Grande do Norte. De lá para cá, o portfólio da Santa Clara conta com a versão do café torrado e moído, com o café em grãos, os cafés solúveis, o cappuccino, o café com leite, as cápsulas, além de uma linha de cafés especiais com grãos 100% arábica.
Em segundo lugar no ranking, figura a marca Pilão, com resultado importante. A empresa iniciou as atividades em 1978 e hoje afirma ser a segunda maior empresa de café do mundo, com mais de 20 marcas. Já a União vem perdendo força a cada edição da pesquisa, por razões naturais. Desde o ano 2000, a marca foi retirada do mercado. A empresa homônima, tradicional em açúcar, deixou de comercializar cafés naquele ano.