Trabalho infantil cai em 2019, segundo IBGE

Houve uma redução de 16,8% no contingente de crianças e adolescentes em trabalho infantil frente a 2016, quando havia 2,1 milhões de crianças trabalhando
15:04 | 17 de dez de 2020 Autor: Anuário do Ceará

O trabalho infantil caiu de 5,3%, em 2016, para 4,6% das pessoas de 5 a 17 anos, em 2019. Embora em três anos tenha havido redução de cerca de 357 mil, ainda havia 1,8 milhão de crianças e jovens nessa situação no Pís, sendo 1,3 milhão em atividades econômicas e 463 mil em atividades de autoconsumo.

Houve uma redução de 16,8% no contingente de crianças e adolescentes em trabalho infantil frente a 2016, quando havia 2,1 milhões de crianças trabalhando. 45,9 % de crianças e adolescentes que realizavam atividade econômica estavam em ocupação de trabalho perigoso.

É o que mostra a PNAD Contínua sobre Trabalho de Crianças e Adolescentes, que integra as estatísticas experimentais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta quinta-feira, 17, e que capta informações sobre as atividades econômicas e de autoconsumo, escolares e domésticas, no território nacional.

Ainda em caráter experimental, a pesquisa tem como foco principal a adoção em 2018 da Resolução IV da 20ª Conferência Internacional de Estatísticos do Trabalho (CIET).

Perfil do trabalho infantil: 16 e 17 anos, sexo masculino e pretos e pardos

Quanto à faixa de idade, o total da população em trabalho infantil (1,8 milhão) seguia a seguinte distribuição: 21,3% tinham de 5 a 13 anos; 25,0%, 14 e 15 anos e a maioria, 53,7%, tinham 16 e 17 anos de idade.

O trabalho infantil concentrava mais pessoas do sexo masculino (66,4%) do que feminino (33,6%). O percentual de pessoas de cor branca em situação de trabalho infantil era bastante inferior (32,8%) àqueles de cor preta ou parda (66,1%).

Houve diferenças, também, na frequência à escola, uma vez que 96,6% da população de 5 a 17 era formada por estudantes, enquanto entre os trabalhadores infantis a estimativa baixava para 86,1%.


IBGE