Servidores do BC retomam greve a partir de terça-feira

Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), a decisão foi aprovada em assembleia deliberativa
22:41 | 30 de abr de 2022 Autor: Joelma Leal
imagem da interna
Edifício-sede do Banco Central

Os servidores do Banco Central (BC) retomarão o movimento por tempo indeterminado a partir de terça-feira, 3 de maio. Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), a decisão foi aprovada em assembleia deliberativa.

Em 19 de abril, a categoria
havia suspendido a greve.
Na ocasião, os servidores advertiram que cruzariam os braços novamente caso não houvesse avanço nas negociações. Mesmo com a greve suspensa, os funcionários continuaram a trabalhar em esquema de operação-padrão e a fazer paralisações diárias, das 14h às 18h.

Nos últimos dias, a apresentação de relatórios e estatísticas atrasadas foi retomada, como o boletim Focus (pesquisa semanal com instituições financeiras), o Relatório de Poupança e o fluxo cambial. Nesta semana, o BC havia divulgado os relatórios de crédito (que revela os juros médios das operações de crédito) e do setor externo (balanço das transações do Brasil com o exterior) relativos a fevereiro, mas as estatísticas de março estão atrasadas.

No entanto, o desenvolvimento de projetos da agenda de modernização financeira continuou suspenso. O início da segunda fase de consultas e de saques de valores esquecidos, que ocorreria na segunda-feira, 2 de maio, foi adiado
sem ter uma data determinada para a sua implementação.

Reivindicações

Os servidores do Banco Central reivindicam reposição das perdas inflacionárias nos últimos anos, que chega a 27%. Eles também pedem a mudança da nomenclatura de analista para auditor e a exigência de nível superior para ingresso dos técnicos do BC.

Desde o início do ano, os funcionários do BC, assim como de outros órgãos federais, trabalham em esquema de operação-padrão porque o Orçamento de 2022 destinou R$ 1,7 bilhão para reajuste a forças federais de segurança. Em 1º de abril, a categoria decidiu entrar em greve.

Agência Brasil