A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará) está com inscrições abertas para o II Prêmio Culturas Indígenas do Ceará e o II Prêmio Expressões Culturais Afro-Brasileiras do Ceará. Com um total de investimento de R$1 milhão, os prêmios fazem parte do Plano Ceará das Artes e da Cidadania Cultura, anunciado em agosto de 2021. As inscrições são feitas online e gratuitamente pelo site Mapa Cultural do Ceará.
Prêmio Culturas Indígenas do Ceará
O II Prêmio Culturas Indígenas é uma ação de reconhecimento e valorização das culturas dos povos indígenas em território estadual, com suas formas de expressão, de celebrações e saberes realizadas ou em andamento, contribuindo para a garantia dos direitos de acesso e promoção às políticas da cultura, de forma a cumprir as diretrizes formuladas pelo Plano Estadual de Cultura do Ceará.
Serão concedidos 25 prêmios destinados aos povos indígenas, representados por organizações indígenas dotadas de personalidade jurídica (CNPJ) ou pessoa física (CPF) representante autorizada expressamente pelo Povo Indígena no Ceará. Serão premiadas iniciativas culturais indígenas com suas condições de existência e livre manifestação como forma de reconhecimento e valorização do protagonismo dos diferentes Povos Indígenas no Estado do Ceará, em pelo menos uma das seguintes áreas:
a) Religiões, rituais e festas tradicionais;
b) Músicas, cantos e danças;
c) Línguas indígenas;
d) Narrativas simbólicas, histórias e outras narrativas orais;
e) Educação e processos próprios de transmissão de conhecimentos;
f) Meio ambiente, territorialidade e sustentabilidade das culturas indígenas;
g) Medicina indígena;
h) Alimentação indígena: manejo, plantio e coleta de recursos naturais; e culinária
indígena.
i) Jogos e brincadeiras;
j) Arte, produção material e artesanato;
k) Pinturas corporais, desenhos, grafismos e outras formas de expressão simbólica;
l) Arquitetura indígena;
m) Memória e patrimônio: documentação; museus; e pesquisas aplicadas.
n) Textos escritos;
o) Dramatização e histórias encenadas;
p) Produção audiovisual e fotografia;
q) Outras formas de expressão próprias das culturas indígenas.
Prêmio Expressões Culturais Afro-Brasileiras do Ceará
O II Prêmio Expressões Culturais Afro-Brasileiras do Ceará é uma ação de reconhecimento e valorização às formas de expressão, de celebrações e de saberes e fazeres realizadas ou em andamento dos coletivos negros, das comunidades quilombolas e das comunidades tradicionais de matriz africana e afro-brasileira sediadas no Estado do Ceará, contribuindo para a garantia dos direitos de acesso e promoção às políticas da cultura, de forma a cumprir as diretrizes formuladas pelo Plano Estadual de Cultura do Ceará.
Serão premiadas 32 iniciativas das expressões culturais afro-brasileiras que preveem o fortalecimento em território estadual como atividades, ações coletivas, formas e modos próprios de existência. Para efeitos deste prêmio serão inscritos, segundo as seguintes categorias:
a) 15 prêmios para Coletivos Culturais Negros: são grupos/coletivos de manifestações culturais, artísticos e literárias originárias de matriz africana e/ou afro-brasileira, tais como: afoxé, capoeira, maracatu, samba, coco, tambor de crioula, afroempreendedorismo, além de iniciativas de coletivos de jovens e/ou mulheres negras.
b) 7 prêmios para Comunidades Quilombolas: são comunidades remanescentes de quilombos, com costumes e modos de vida em comunidade, tem pertencimento Afro-quilombola e identidade cultural própria como expressão fundamental para valorização e desenvolvimento local através de seus saberes ancestrais. Serão premiadas comunidades devidamente reconhecidas pelo Movimento Quilombola do Estado do Ceará através da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Ceará – CEQUIRCE, da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas – CONAQ e as certificadas pela Fundação Cultural Palmares.
c) 10 prêmios para Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Afro-brasileira: grupos culturalmente diferenciados que se reconheçam como candomblé, omolocô, umbanda, tambor de mina, jurema, benzedeiras e rezadeiras que possuem formas próprias de organização social que ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas geradas e transmitidas pela tradição.