O Quintessa, aceleradora de impacto positivo que é referência em ESG, e o Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), criaram o mapeamento “Caminhos para o Impacto Positivo”.
O mapeamento se propõe a indicar caminhos possíveis de geração de impacto positivo para as empresas por meio de seus produtos, serviços e/ou operações, bem como elencar atores que as auxiliem.
A partir de diferentes possibilidades de atuação, a publicação lista organizações que estão aptas a oferecer suporte e expertise para cada tipo de iniciativa.
No primeiro momento, foram relacionadas 44 organizações que atuam em diferentes caminhos e que já possuem experiência e resultados concretos de implementação.O mapa inclui a ficha técnica de cada organização, o que oferece em cada caminho de atuação, cases de sucesso e contato.
No total, o mapeamento determina nove caminhos principais que as empresas podem trilhar, os quais englobam e categorizam diversos serviços. Os caminhos são complementares e podem ser seguidos de forma concomitante.
As 44 organizações cadastradas estão categorizadas de acordo com as suas especialidades, sendo possível que uma mesma organização esteja habilitada para prestar serviços em caminhos diferentes - 64% delas sinalizou que oferece serviços em mais de um caminho, o que revela sua atuação abrangente.
Os nove caminhos definidos no mapa para a geração de impacto positivo são:
Dois desses caminhos se destacam como especialidade de quase metade das organizações mapeadas: estratégias de iniciativas e práticas (21 organizações) e desenvolvimento humano e de cultura organizacional (20 organizações).
A análise dos perfis das 44 integrantes do mapeamento mostra ainda que 82% delas possui menos de 49 colaboradores; apenas 23% possuem menos de 5 anos de existência; e a grande maioria (86%) trabalha com foco em impacto positivo desde a sua fundação, indicando que elas foram criadas justamente com essa finalidade.
Uma das contribuições das organizações do mapa foi sinalizar as dificuldades que passam ao lidar com as corporações nesse processo.
Assim, os principais desafios apontados pelas organizações ao atuarem com as empresas foram: engajamento da alta liderança na agenda, bem como a falta de entendimento dos executivos sobre a integração estratégica entre impacto positivo e geração de resultado financeiro - não enxergando a geração de impacto como um custo.
Além disso, foi mencionado o desafio cultural, no sentido dos executivos estarem preparados para uma outra forma de fazer negócios.
Outro desafio destacado foi a burocracia no processo de contratação pelas empresas. Como a maioria das organizações listadas é de pequeno porte, há uma dificuldade em passar pelos processos de suprimentos e um alto esforço e tempo dedicados no desenho de propostas adequadas às exigências das empresas.
Seleção criteriosa
Para constar no mapeamento, essas organizações precisaram cumprir a uma série de critérios, tais como oferecer um serviço focado em impacto positivo dentro de algum dos nove caminhos há pelo menos três anos, bem como terem ao menos três cases de sucesso.
A partir de indicações de parceiros e especialistas e pesquisas, foram convidadas 80 organizações para fazer parte da publicação. Desse total, 44 cumpriram todos os requisitos para pertencer ao mapeamento.
A elaboração do mapeamento “Caminhos para o Impacto Positivo” contou com a parceria estratégica da Climate Ventures, IBGC, Pares e Sistema B.
A divulgação do material aos públicos de interesse tem o apoio do GIFE - Grupo de Institutos, Fundações e Empresas, Instituto Ethos, Pacto Global e CEBDS - Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável e Capitalismo Consciente.
Entre os especialistas consultados para a identificação de temas, caminhos e organizações a serem mapeadas, estão Aron Belinky, Gustavo Luz, Juliana Vilhena, Luis Fernando Guggenberger, Márcia Soares, Maria Eugênia Buosi, Rachel Sampaio, Ricardo Voltolini, Ricardo Young, Tarcila Ursini e Tatiana Assali.