Milhares de famílias cearenses que tiram seu sustento da agricultura familiar serão beneficiadas, até 2025, com ações do Projeto São José IV, lançado pelo Governo do Ceará. O investimento previsto é de aproximadamente R$ 750 milhões (U$S 150 milhões) em iniciativas de segurança hídrica, inclusão produtiva e assistência técnica, beneficiando 440 mil pessoas, de acordo com o governador Camilo Santana. Os recursos são oriundos de empréstimo junto ao Banco Mundial e uma contrapartida do Estado.
“Será um novo financiamento de projetos na área da agricultura familiar em todo o Ceará. São projetos de abastecimento de água, produtivos, mecanização agrícola, assistência técnica – e esse ano teremos projetos de reúso de água, que é uma inovação. Isso significa mais renda para as famílias do campo. Essa é a grande visão que o Projeto São José tem, de democratizar e dar oportunidade para essas famílias que moram no campo no estado do Ceará”, destacou Camilo Santana.
Para projetos de inclusão produtiva, como acesso ao mercado e implantação de tecnologias de convivência com o semiárido, o recurso aportado será de aproximadamente U$S 65 milhões. Já para a implantação de sistemas de abastecimento de água e saneamento rural, o São José IV vai destinar cerca de U$S 53 milhões (cerca de R$ 265 milhões). O projeto inclui ainda ações voltadas para capacitação e intercâmbio de beneficiários, além da elaboração de estudos técnicos.
O governador ponderou o reforço econômico com o projeto em um período atribulado por conta da pandemia do Coronavírus. “Mesmo em um momento difícil, de crise econômica, o Estado mantém a política de apoio aos agricultores familiares. São esses homens e mulheres que produzem os alimentos que estão à mesa dos cearenses. São fundamentais políticas de estado que possam acolher e fortalecer esse público. Estamos aqui lançando mais R$ 750 milhões para os próximos anos, fora os outros programas que nós temos”, disse o chefe do Executivo estadual.
Com as ações do São José, o homem do campo acaba ganhando socialmente e financeiramente, na visão de Francisco De Assis Diniz, secretário do Desenvolvimento Agrário. “Os sistemas de abastecimentos têm uma relação fundamental de cidadania. Aquela imagem da lata d’água na cabeça vai acabar, em um período muito curto, com a universalização da água em nosso sertão. Ao olharmos esse processo, vamos dar um passo de consolidação para desenvolver, agregar e ampliar a atividade agrícola e pecuária, com foco no mercado e na comercialização”, pontuou o titular da SDA.
Os interessados em participar do Projeto São José IV devem acessar o site da SDA (www.sda.ce.gov.br) para obter as informações necessárias para conseguir o crédito. Equipes do Governo farão seminários durante o mêsde dezembropróximo no Interior para explicar como proceder.
O projeto chega a suaquartaetapa contribuindo para modificar a realidade de milhares de agricultores e agricultoras familiares no Ceará que têm que conviver diariamente com o semiárido e suas dificuldades. “Ainda no nosso governo, executamos o São José III. Foram mais de 163 mil famílias beneficiadas com o projeto. Esse projeto tem tido uma grande ação para milhares de trabalhadores rurais”, disse Camilo.
Só de 2015 até os dias atuais, o São José III implantou 259 sistemas de abastecimento d´água em 99 municípios cearenses, beneficiando mais de 35 mil famílias. Além disso, mais 7.403 famílias foram atendidas com a implantação de 267 projetos produtivos nas áreas de apicultura (63 projetos), ovinocaprinocultura (53), bovinocultura (38), fruticultura (27), cajucultura (26), mandiocultura (23), dentre outras.
Na mecanização agrícola, o Estado ajudou 11.362 famílias, com 180 projetos, e outras 2.105 famílias receberam auxílio através de assistência técnica, com 77 projetos. O investimento nesses últimos cinco anos foi o mesmo do novo São José, sendo U$S 150 milhões para o desenvolvimento dessas ações.