O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou alta de 1,24% em dezembro e fechou o ano de 2020 com aumento de 5,79%, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O resultado, divulgado nesta terça-feira, 22, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), é o maior acumulado no ano desde 2016 (8,50%). Em 2019, o acumulado do IPCA-15 foi de 4,49%.
O índice de dezembro foi 0,58 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,66%). Em dezembro de 2019, o IPCA-15 foi de 0,90%. Já o IPCA-E (acumulado trimestral do IPCA-15) do último trimestre de 2020 foi de 3,28%.
Dentre os 9 grupos pesquisados, seis apresentaram alta. Educação apresentou a maior variação (3,78%), seguido de Alimentação e bebidas (2,56%), que encerrou o ano com alta acumulada de 17,85%.
A alta foi impulsionada pelo aumento dos alimentos para consumo no domicílio (3,48%), com destaque para cenoura (11,34%), açúcar cristal (10,44%) e arroz (9,68%). O óleo de soja (11,46%) também subiu de preço na prévia da inflação de dezembro, mas apresentou desaceleração na comparação com novembro, quando registrou alta de 13,13%. Entre as quedas no grupo, os destaques foram a manga (-11,22%) e a banana prata (-7,25%).
Ainda no mesmo grupamento, a alimentação fora do domicílio passou de 0,89% em novembro para -0,16% em dezembro, influenciada pela queda do lanche (-1,46%), cujos preços haviam subido 0,45% no mês anterior.
O grupo Educação, maior variação de dezembro, foi influenciado principalmente pelas altas na Pré-escola (10,57%) e Ensino Médio (6,12%).
O grupo Habitação teve alta de 1,45%. A principal influência foi dos revestimentos de piso e parede (8,46%), bem como da alta na energia elétrica residencial (4,77%), puxada pela volta da bandeira vermelha patamar 2.
No grupo de Transportes (0,97%), a maior contribuição veio das passagens aéreas, que subiram 30,08%. Além disso, os combustíveis (1,30%) registraram aumento frente a novembro, com destaque para a gasolina (1,40%).
Os demais grupos pesquisados ficaram em 0,77% (Despesas pessoais) e 0,29% (Comunicação). No lado das quedas, o destaque foi nos Artigos de residência (-0,56%). Também registraram quedas Saúde e cuidados pessoais (-0,50) e Vestuário (-0,10%).
IBGE