Novo presidente da Caixa anuncia venda de participações

Pedro Guimarães afirmou que pretende expandir a oferta de microcrédito a taxas mais baixas do que as hoje praticadas pelo mercado
18:42 | 07 de jan de 2019 Autor: Joelma Leal
imagem da interna
O ministro da Economia Paulo Guedes, assina o termo de posse do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante cerimônia de posse aos presidentes dos bancos públicos

O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou que a instituição deverá vender participações em áreas como seguros e loterias, reforçar o financiamento imobiliário via mercado de capitais e investir em microcrédito a juros mais baixos.

Ele disse que seguirá a determinação do governo de “não errar” e que buscará reduzir um passivo de R$ 40 bilhões da Caixa registrado sob a rubrica de “instrumentos híbridos de capital e dívida”. Segundo Guimarães, isso se dará com a "venda de participações em empresas controladas, seguros, cartões,
asset
(gestão de ativos) e loterias, que já começam agora, pelo menos duas neste ano”.

Guimarães destacou que o banco público buscará reforçar sua atuação no mercado de crédito imobiliário por meio de operações de securitização – venda de títulos no mercado financeiro – da ordem de R$ 50 bilhões a R$ 100 bilhões.

“É fundamental discutir a parte imobiliária.
Hoje
temos problemas de
funding. Via mercado de capitais, vamos vender de R$ 50 bilhões a R$ 100 bilhões para exatamente poder a Caixa continuar ofertando esse crédito”, disse.

O novo presidente da Caixa acrescentou que pretende expandir a oferta de microcrédito a taxas mais baixas do que as
hoje
praticadas pelo mercado. “Não me conformo em ver pessoas tomando dinheiro a 15%, 20% ao mês”, afirmou.
“O Brasil pode ser uma referência em microcrédito.”

Guimarães disse que deverá fazer uma revisão nas políticas de patrocínio e comunicação da Caixa, conforme orientação do governo, e que viajará pessoalmente aos estados para ouvir clientes e visitar comunidades carentes onde o banco atua.

Ele informou que um dos primeiros estados a ser visitado será o Amazonas, onde estuda ampliar o acesso à Caixa ampliando o número de barcos do banco que atuam em comunidades isoladas.


Com informações da Agência Brasil