Os mestres da Cultura tradicional e popular do Ceará terão ampla participação naXII Bienal Internacional do Livro do Ceará, que acontece de 14 a 23 de abril, no Centro de Eventos do Ceará.Serão 25 mestres de todas as regiões do Estado e de várias categorias de saberes: mãos, corpo, voz, alma, em um amplo e representativo painel das tradições, dos ofícios, saberes e fazeres dos mestres oficialmente reconhecidos pelo Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura.
A iniciativa se soma ao compromisso da Secult de maior valorização dos mestres e de promoção de mais ações de repasse de seus saberes, com a criação de novos canais de interlocução com o público em geral.
Os mestres estarãoem diálogo direto com o público, em rodas de saberes e conversa abertas à participação de todos os interessados, todos os dias, à partir do sábado, 15.Para o secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano dos Santos Piúba, a presença dos mestres da Cultura será um grande atrativo para o público, em meio à ampla e diversificada programação da Bienal.
O secretário enfatiza que todos os mestres da cultura receberam em novembro de 2016, no Encontro Mestres do Mundo, em Limoeiro do Norte, o título de notório saber em cultura popular, emitido pela Universidade Estadual do Ceará.
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO
A primeira roda, no dia 15/4, reúne os mestres Aldenir (do Reisado, do Crato) e Zé Pio (do Reisado e do Bumba-meu-boi, de Fortaleza), com mediação do antropólogo Oswald Barroso, com o tema "O corpo é uma festa; o coração, um templo sagrado", contemplando duas diferentes vertentes de uma mesma manifestação.
Domingo, 16/4, o tema "O corpo é um texto; a vida, alegria" inspira os mestres Gilberto Calungueiro (Teatro de bonecos, de Icapuí) e Palhaço Pimenta (Arte Circense, de Fortaleza), com mediação de Simone Castro.
Segunda, 17/4, o tema "A voz é um sentimento; a palavra, o sertão" é o mote para Mestre Dina (Vaqueira Aboiadora, de Canindé), Mestre Pedro Coelho (Vaqueiro, aboiador e poeta, de Acopiara) e Mestre Lucas Evangelista (Cordelista, de Iguatu), com mediação de Rosemberg Cariry.
Terça-feira, dia 18/4, o público participa da roda sobre o tema "As mãos são artes; a cabeça, imaginação", com Mestre Espedito Seleiro (Artesanato em couro, de Nova Olinda) e Mestre Deoclécio Soares Diniz - Mestre Bibi (Artesão, escultor, de Canindé) e Mestre Zé Pedro (Artesanato em cipó, de Guaramiranga). A mediação é do renomado professor e pesquisador Gilmar de Carvalho.
Quarta-feira, 19/4, o tema "A alma é um encanto, a memória divina" será o mote para a Mestre Cacique Pequena (Cultura Indígena, de Aquiraz), o Mestre Pajé Luiz Caboclo Tremembé (Cultura indígena, de Itarema) e o Mestre Cacique João Venâncio (Cultura indígena, de Itarema). A mediação é do coordenador de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural da Secult, historiador Alênio Carlos Noronha Alencar.
Quinta, 20/4, o tema é "A vida é um som; a música, um sonho", com Mestre Cirilo (Maneiro-Pau, Côco e São Gonçalo, do Crato), Mestre Chico Paes (Sanfona de oito baixos, de Assaré) e Mestre Antonio Hortênsio (Rabeca, de Reriutaba). A mediação fica por conta da coordenadora do escritório regional da Secult no Cariri, Dane de Jade.
Sexta-feira, 21/4, o tema "O corpo é uma festa; o coração, um templo sagrado" reúne os mestres Moisés Cardoso (Dança do Coco, de Trairi), Vicente Chagas Gondim (Reisado, de Guaramiranga) e Maria do Horto (Benditos, de Juazeiro do Norte), com mediação do antropólogo e pesquisador Oswald Barroso.
Sábado, 22/4, o tema é "O corpo é um texto, a vida um drama", reunindo Mestra Dona Zilda (dos Dramas, de Guaramiranga), Mestra Ana Maria (dos Dramas, de Tianguá) e Mestra Terezinha Lino (dos Dramas, de Beberibe). A mediação é da professora e pesquisadora Lourdinha Macena.
Domingo, 23/4, o tema "As mãos são artes; a cabeça, imaginação" reúne Mestra Francisca Pires (Rendeira, de Cascavel), Mestra Lúcia Pequena (Cerâmica em barro, Limoeiro do Norte) e Mestra Maria Cândido (Cerâmica em barro – Juazeiro), com mediação do escritor e pesquisador Gilmar de Carvalho.