No primeiro mês de 2018, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) desacelerou em relação a dezembro de 2017 (0,54%), fechando em 0,34 %, mesmo comportamento verificado quando comparado com janeiro do ano passado, quando o índice ficou em 0,62 %, ou seja, 0,28 ponto percentual abaixo. É o que revela dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado.
Dentre as 13 regiões pesquisadas pelo Sistema Nacional de Índice de Preços ao Consumidor (SNIPC), a RMF, com o resultado do IPCA de dezembro, ficou em sexto lugar, cabendo a Vitória o primeiro (0,70%), seguido por Porto Alegre (0,68%); Rio de Janeiro (0,42 %); Belo Horizonte (0,36%) e Salvador, com 0,35 %. A maior baixa foi em Brasília, com -0,15 %. O estudo foi realizado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto, tendo como autor Daniel Suliano, analista de Políticas Públicas, e como colaboradores Aprígio Botelho, assessor Técnico, e Matheus dos Santos Carvalho, estagiário.
Já o IPCA nacional ficou em 0,29 % em janeiro de 2018, abaixo do registrado em dezembro, quando havia apresentado alta de 0,44 %. De acordo com o IBGE, o IPCA deste de janeiro foi o mais baixo para os meses de janeiro desde 1994, quando foi criado o Plano Real. O documento destaca que em todas as regiões pesquisadas pelo SNIPC, a variação da inflação acumulada nos últimos 12 meses encontra-se abaixo do limite do teto da meta de 4,5 por cento estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Na Região Metropolitana de Belém, o acumulado dos últimos 12 meses encontra-se em0,84 %, mas no município de Goiânia registra a maior alta: 3,60%.
No IPCA nacional, a desaceleração verificada em janeiro levou o acumulado dos últimos 12 meses recuar ainda mais abaixo do limite inferior do teto da meta de 4,5 do CMN, ao registrar 2,86 %. Na RMF, o acumulado dos últimos 12 meses caiu abaixo dos 2 % (1,99 %). Em janeiro, o Grupo Habitação e Vestuário foram os dois únicos que apresentaram recuo tanto na RMF como no nacional. No nacional, o recuo foi de 0,85% e 0,98 % e na RMF a deflação foi de 0,52%e 0,28 %, respectivamente.
Já o Grupo de Transportes e Alimentação e Bebidas foram os dois que mais aceleraram tanto no nacional como na RMF. No nacional a variação foi de 1,10% e 0,74 por cento, respectivamente, enquanto na RMF registrou-se 0,56% e 0,87, respectivamente. O recuo dos preços no Grupo de Habitação foi impulsionado pelo Item Energia Elétrica, com queda de 4,73 por cento no nacional e 4,55 por cento na RMF. O IBGE destaca que isto se deve ao fim da cobrança do adicional de R$ 0,03 por cada kwh consumido referente a bandeira vermelha patamar 1 que vigorava em dezembro.
Dentro deste grupo, cabe também destacar o Item Taxa de Água e Esgoto com variação de 0,12% no nacional e 1,43 % na RMF. No Grupo de Transportes o destaque foi para o Item de Combustíveis, com variação de 2,58% e 2,50% no nacional e na RMF, respectivamente. No Brasil, a aceleração de dezembro para janeiro do Grupo Alimentação e Bebidas foi resultante da alta do tomate (45,71%) e batata-inglesa (10,85 %). Na RMF, Grupo que teve a maior aceleração na região, o destaque é para o Item Tubérculos, Raízes e Legumes (26,04%) e Frutas (6,32%).
INPC mensal -O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) na RMF desacelerou 0,37 % com relação a dezembro de 2017. Em janeiro do ano passado, o índice havia registrado 0,67 %. No nacional, houve também desaceleração de 0,23 %, com relação a dezembro do ano anterior. A contínua queda do INPC permitiu que a inflação da RMF, com base neste índice, registrasse uma mínima de 1,61 % no acumulado dos últimos 12 meses. O INPC se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos.