O Governo do Ceará realizou a cerimônia de diplomação dos novos Tesouros Vivos da Cultura, sendo 25 pessoas, dois grupos e uma coletividade. A diplomação consolidou a ampliação de 80 para 100 do número de Mestres e Mestras da Cultura.
A titulação tem o objetivo de preservar a memória cultural e garantir a transmissão de seus saberes e fazeres artísticos e culturais. A ação realizada hoje consolida a ampliação do número de Mestres e Mestras da Cultura. “Um vez eu perguntei para o Mestre Aldemir o que é ser mestre da cultura. E ele me respondeu que primeiro vem o respeito, tem que ser respeitado pela comunidade. Em seguida, tem que ser verdadeiro com o que faz e, em terceiro, tem que te amor”, contou o titular da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), Fabiano Piúba.
De acordo com a Secult, os Mestres e Mestras da Cultura são reconhecidos como difusores de tradições, da história e da identidade, atuando no repasse de seus saberes e experiências às novas gerações. Foi exatamente por viver essa definição que o Pajé Barbosa, Mestre da Cultura Indígena, foi um dos agraciados com o título de Mestre da Cultura. Falecido, o pajé foi representado por seus filhos Pajé Alex e Pajé Fran, que recordaram as ações do pai.
Os selecionados pela Coordenadoria de Patrimônio Cultural e Memória da Secult Ceará para serem diplomados mestres da cultura passam a contar com reconhecimento institucional e recebem um subsídio no valor de um salário mínimo mensal, como auxílio para a manutenção de suas atividades e para a transmissão de seus saberes e fazeres.
O Registro dos Mestres da Cultura Tradicional Popular do Estado do Ceará foi instituído, no âmbito da Administração Pública Estadual, em 2003, durante a gestão da então secretária da Cultura, Cláudia Leitão, do governo Lúcio Alcântara. Em 2017, o então governador Camilo Santana ampliou de 60 para 80 o número de Tesouros Vivos do Ceará, alcançando uma meta do Plano Estadual da Cultura.
O programa Mestres da Cultura se tornou um referencial do Ceará para o Brasil, recebendo, à época de sua criação, prêmio do Ministério da Cultura pela qualidade e pelos efeitos da iniciativa.
O Anuário traz lista completa de Tesouros Vivos.
Pajé Barbosa – Mestre Indigena
Zilda Torres – Teatro de Bonecos
Pádua Queiroz – Literatura de Cordel
Lourdes do Coco – Dança do Coco
Josenir Lacerda – Literatura de Cordel
Mestra Carla Mara – Copeira
Mestre Cicero – Banda Cabaçal
Ana da Rabeca – Rabequeira
Augusto Bonequeiro – Teatro de Bonecos
Klevisson Viana – Literatura de Cordel, desenho e gravura
Francorli – Xilogravura
Mestre Lula – Capoeira
Pai Neto Tranca Rua – Umbanda
Mestre Wlisses – Capoeira
Mestre Galdino – Mateiro
Mestre Fanca – Contadora de História e Bordadeira
Mestre Dodô – Reisado
Édson Brandão – Circo
Raimundo Claudino – Cultura Junida
Mestre Chico Ceará – Capoeira
Mestre Nena – Becamarteiro e Mateu de Reisado
Maria Izabel – Rezadeira
Dadá Leitão – Artesanato Barbado a Mão
Cirio Brasil – Circo de Lona Tradicional
Mestre Vamirez – Santeiro
Reisado de Caretas Potengi
Coco de Praia do Iguape
Associação Cultural do Maracatu Vozes da África