A governadora do Ceará, Izolda Cela, tratou sobre a situação hídrica do Ceará, e anunciou o fim da tarifa de contingência da água, taxa da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), criada em 2015 em razão de um período de forte escassez hídrica. Ao seu lado, estavam o titular da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Francisco Teixeira, e o presidente da Cagece, Neuri Freitas, durante transmissão via redes sociais.
A iniciativa se deve em grande parte ao aporte aos reservatórios durante a quadra chuvosa de 2022. Dados recentes da Cogerh contabilizam aporte de 3,64 bilhões de metros cúbicos, valor superior ao contabilizado em 2021, quando foi registrado pouco mais de 1,7 bi de aporte.
Izolda Cela ressaltou que a média total de reservas do Ceará é de 37% e que segue subindo. Para demonstrar como o panorama hídrico tem melhorado, embora não de forma uniforme, o secretário Francisco Teixeira destacou que “a situação já chegou a 6%”. Por isso, é um momento que se pode celebrar bons números no Estado, principalmente na Grande Fortaleza.
“Se observamos o macrossistema que serve a Fortaleza e à Região Metropolitana, mais precisamente a 18 municípios, nós temos um percentual de quase 95% de abastecimento e com uma previsão de chegar a 100% no final de maio. Esses números nos dão uma situação confortável”, pontuou a governadora do Ceará.
Izolda Cela explicou que essa situação atual dá autonomia de água para a região servida pelos açudes Pacajus, Pacoti, Riachão e Gavião por dois anos sem precisar da necessidade da água do Castanhão. “Com a situação dos dados desse relatório, nós decidimos pela revogação do ato declaratório que insere a cidade de Fortaleza e a Região Metropolitana na condição de escassez hídrica. Ou seja, nos permite a determinação imediata para retirar a tarifa de contingência de água pela Cagece”, apontou.
A taxa de contingência até então era cobrada de cerca de 353 mil domicílios cearenses, nos municípios de Fortaleza, Aquiraz, Cascavel, Caucaia, Chorozinho, Eusébio, Guaiúba, Horizonte, Itaitinga, Maracanaú, Maranguape, Pacajus, Pacatuba, São Gonçalo do Amarante, São Luis do Curu, Paraipaba e Paracuru.
“Mais de quatro milhões de pessoas serão beneficiadas e a medida vale a partir do consumo do mês de maio. Portanto, somente as faturas que chegarão para pagamento em junho estarão sem essa cobrança”, destacou o presidente da Cagece, finalizando a transmissão.