De acordo com dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), divulgada nesta quarta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial avançou 3,8% no Ceará na passagem de maio para junho. Em maio, essa variação havia sido de 6,3%, demonstrando uma desaceleração de 2,5 p.p.. Esse é o terceiro mês consecutivo de variações positivas na produção industrial cearense.No ano, a indústria cearense acumula alta de 26,8% e em 12 meses de 15,2%.
A produção industrial recuou em dez dos 15 locais analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), na passagem de maio para junho. As principais quedas foram no Paraná (-5,7%) e no Pará (-5,7%). Também teve grande influência no resultado o recuo em São Paulo (-0,9%). A produção nacional teve variação nula (0,0%), como divulgado pelo IBGE na semana passada (3).
Principal influência negativa e local com maior queda absoluta, o Paraná registrou recuo de 5,7%, o mais intenso desde abril de 2020 (-27,1%), no auge do fechamento das unidades industriais por conta da pandemia. O índice de junho foi puxado pelo baixo desempenho do setor de veículos e do setor de derivados do petróleo. Foi a terceira taxa negativa seguida para o estado do Sul, com perda acumulada de 10,2%.
O Pará empatou com o Paraná como local com maior queda absoluta e foi a terceira principal influência no resultado geral. A contribuição mais relevante para o recuo foi do setor de metalurgia. O setor de celulose, papel e produtos de papel e o setor de produtos minerais não-metálicos também contribuíram para a queda no estado do Norte, que registrou a segunda taxa negativa seguida, acumulando perda de 7,9% no período.
Maior parque industrial do País, São Paulo foi a segunda principal influência de queda no mês, com queda de 0,9%, atribuída principalmente ao setor de veículos, atividade mais forte do estado paulista.Completam os locais com queda na produção em junho: Pernambuco (-2,8%), Mato Grosso (-1,9%), Espírito Santo (-1,6%), Goiás (-1,1%), Rio Grande do Sul (-0,9%), Minas Gerais (-0,6%) e Santa Catarina (-0,3%).
Pelo lado das altas, destaque para a Bahia (10,5%) e para a Região Nordeste (6,4%), os maiores avanços em absoluto, além do Rio de Janeiro (2,8%), que por conta da importância, exerceu a maior influência nos resultados positivos da indústria. Graças ao bom desempenho de metalurgia e do setor de derivados do petróleo no mês, o estado fluminense assinalou a terceira taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 10,3% no período.
Já a alta na Bahia, segunda maior influência, foi puxada pelo bom resultado do setor de derivados do petróleo, muito atuante dentro da indústria baiana. É a segunda taxa consecutiva para o estado, com ganho acumulado de 11,1%. Como o cálculo da Região Nordeste abrange todos os estados, o desempenho positivo da Bahia também afetou o local, cuja alta teve influência, além do setor de derivados de petróleo, também do setor de couro, artigos de viagens e calçados. Com o resultado positivo de junho, o Nordeste interrompe seis meses seguidos de queda na produção, período em que acumulou perda de 21,1%. Amazonas (4,4%) e Ceará (3,8%) completam os locais com alta na produção industrial no mês.
Com Agência IBGE