A Bienal Internacional de Dança do Ceará chega à sua 13ª edição. A partir desta sexta-feira, 10, a Bienal chega aos espaços do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura com espetáculos e performances, alguns deles em parceria com o Festival Elos.
O acesso à programação, que é inteiramente gratuita, está sujeito à retirada antecipada de até um ingresso por pessoa na página da Bienal de Dança na plataforma Sympla, bem como à apresentação do passaporte sanitário, junto ao documento de identificação com foto.
O uso de máscara é obrigatório, conforme protocolos alinhados às orientações do Governo do Ceará por meio do decreto estadual vigente. A Bienal Internacional de Dança do Ceará acontecerá ainda no Centro Cultural Porto Dragão e no Cineteatro São Luiz, equipamentos da Secretaria da Cultura do Ceará geridos pelo Instituto Dragão do Mar.
Bienal e Elos
Em parceria, o Festival Elos e a XIII Bienal Internacional de Dança do Ceará trazem o suíço Yann Marussich para apresentar uma série de trabalhos performáticos de seu repertório no Museu de Arte Contemporânea do Ceará. Abrindo a programação no Dragão, nesta sexta-feira, 10, às 17 horas, o suíço apresenta “Bain Brisé” (2010), em que fica mergulhado em uma banheira cheia de vidro. No sábado, 11, às 16 horas, o artista apresentará “Pot-Pourri” (2021), onde mergulha em uma banheira de arroz e usa um respirador, e no domingo, 12, às 18 horas, será a vez “AGOKWA” (2016), nome que os nativos americanos dão a homens que vivem e se vestem como mulheres.
Também fruto da parceria, Jorge Garcia, um dos homenageados desta edição, apresentará, no domingo, 12, às 20 horas, no Teatro Dragão do Mar, o solo “Nihil Obstat” (2009), onde transborda em cena a liberdade e a possibilidade de transformação do lugar, do momento e do próprio corpo.
Interação com o público
Sexta e sábado, o MAC Dragão receberá ainda o coreógrafo, performer e escritor Wagner Schwartz com a performance “La Bête” (2005). A exemplo de outros trabalhos, em que se inspira em um disco, uma instalação, um livro ou uma pintura, “La Bête” tem como referência uma das esculturas da série “Bichos” (1960) de Lygia Clark.
Em cena, Schwartz manipula uma réplica de plástico da obra, permitindo a articulação das diferentes partes do seu corpo através de suas dobradiças. A apresentação ganhou repercussão, em 2017, quando o artista carioca foi vítima de ataques e ameaças durante a performance no Museu de Arte Moderna de São Paulo, como atração do 35º Panorama de Arte Brasileira. Cada apresentação é única, já que o público é quem conduz ao manipular o corpo nu do artista.
Falando sobre acessibilidade
Três espetáculos que serão apresentados no Teatro Dragão do Mar perpassam questões relacionadas à acessibilidade. Na próxima quinta-feira, 16, numa ação conjunta da Bienal com o Centro Dragão do Mar, por meio da mostra de espetáculos Cena 21, o bailarino e coreógrafo cearense João Paulo Lima apresentará “Devotees” (2021), seu novo trabalho.
Outros dois espetáculos da Bienal compuseram a programação da Bienal De Par Em Par de forma online, em agosto deste ano, e serão agora apresentados presencialmente, “Inventário de Belezas” (2021) e a adaptação de “My (Petit) Pogo” (2021), coproduções da Bienal que usam da acessibilidade como elemento de criação. “Inventário de Belezas” é uma criação do coreógrafo convidado Luiz Fernando Bongiovanni, apresentado pela Paracuru Cia de Dança, com direção de Flávio Sampaio.