Comunidade indígena de Monsenhor Tabosa recebe escola nova para atender crianças, jovens e adultos

Foram investidos R$ 2 milhões, oriundos dos governos Estadual e Federal, para construção, mobiliário e equipamentos
17:51 | 30 de maio de 2019 Autor: Joelma Leal
imagem da interna
O projeto arquitetônico é adequado ao cotidiano do povo indígena

A Escola Indígena Aba Katu, que significa "índio bom", na etnia Tabajara, foi inaugurada nesta quinta-feira, 30/5, pelo governador Camilo Santana, pela secretária da Educação Eliana Estrela e pelo prefeito de Monsenhor Tabosa, Jeová Madeiro.

Um investimento de R$ 2 milhões, oriundos dos governos Estadual e Federal, para construção, mobiliário e equipamentos. A obra foi supervisionada pelo Departamento de Arquitetura e Engenharia do Ceará (DAE).

Durante a solenidade de inauguração, os índios receberam a comitiva do governador, seguindo as tradições indígenas, com muita música e danças tradicionais, celebrando a alegria e a prosperidade.

A Escola Indígena Aba Katu -
O projeto arquitetônico é adequado ao cotidiano do povo indígena e dispõe de quatro salas de aula, laboratório de informática, biblioteca, dependências administrativas, salas de professores, cozinha e área específica para a prática de ações como danças tradicionais. A Escola tem capacidade para atender até 480 alunos e oferece Educação Infantil, Ensino Fundamental (anos iniciais e finais), além da Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Ensino Fundamental (anos finais) e Médio.

A unidade de ensino funcionava há 11 anos como uma extensão de matrícula pertencente à Escola Indígena Povo Caceteiro, sediada na Aldeia Mundo Novo, no mesmo município. Uma casa, doada pelo Pajé Francisco Rodrigues Filho, conhecido como Franciné, abrigou neste período a escola, chamada de Anexo Rajado.

A Escola Indígena Aba Katu desenvolve o seu projeto pedagógico com o objetivo de revitalizar os princípios morais e éticos, implantando uma educação contextualizada e interdisciplinar com a arte do saber e do bem viver cultural. Para isso, usa teorias e práticas da agricultura familiar voltadas ao desenvolvimento sustentável, cultural, tradicional, social, político, econômico e profissional.