O tombamento definitivo do Palacete Jeremias Arruda foi aprovado por unanimidade nesta quarta-feira, 20, durante a 1ª Reunião Ordinária de 2019 do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (Coepa). O local que abriga a sede do Instituto do Ceará (com projeto atribuído ao arquiteto João Sabóia Barbosa), já foi a residência do Barão de Studart. De acordo com o Arquiteto e professor Dr. Liberal de Castro, em 1967 o instituto passou a funcionar em sua sede definitiva, à rua Barão do Rio Branco, n. 1594.
"Esta é uma data importante para a preservação deste bem e patrimônio cultural, nordestino e brasileiro. E, foi exatamente este local que o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural (Coepa) escolheu para apresentar este fato histórico de fundamental importância para o nosso Estado", destacou o secretário da Cultura do Estado do Ceará, Fabiano Piúba.
Além do tombamento do Palacete, durante a 1ª Reunião o Coepa, votou favorável à homologação do Resultado Final do Edital Tesouros Vivos da Cultura do Estado do Ceará. Apresentando o Calendário das Ações da Cultura voltadas para a Política de Patrimônio, em 2019, o secretário Fabiano ressaltou a revisão da Legislação Cultural do Ceará, a Consulta Pública da Minuta da Lei do Patrimônio Cultural Estadual e o andamento dos processos de tombamento de Registros Materiais e Imateriais.
Entre os informes e as apresentações dos novos conselheiros do Coepa, a conselheira Márcia Sampaio, do Instituto dos Arquitetos do Ceará, se despediu do Conselho após seis anos representando o Instituto Brasileiro de Arquitetura. A atividade contou com a presença do presidente do Conselho Fabiano Piúba, do Coordenador de Patrimônio Alênio Alencar, do ex-governador Lúcio Alcântara, representando do Instituto do Ceará, da Escritora Angela Gutierrez, presidenta da Academia Cearense de Letras, dos conselheiros Marcílio Sabino, Fabiano Mendes, Glauber Oliveira, Geová Cavalcante, Afonso Pereira, Henrique Pereira, Jocastra Bezerra, José Luis Lira, Euler Muniz, Márcia Sampaio, Vitor Studart, Márcio de Castro, Maria Margaret Carrah, José Liberal de Castro, entre outros historiadores e técnicos da Secretaria da Cultura do Estado.
Sobre o Instituto do Ceará -"O instituto do Ceará é entidade cultural do mais alto gabarito, fundada em 1887 e funcionando até agora. Tendo seu fim específico de estudar a História, a Geografia, a Antropologia e Ciências Correlatas relativas ao nosso Estado. Barão de Studart é considerado seu patrono.
O instituto funcionou, a princípio, na Biblioteca Pública, que ficava na rua Sena Madureira, nos fundos do Liceu, prédios que foram substituídos pela atual secretaria de polícia. Em 1896 passou para o térreo da antiga Assembleia; esteve na rua Floriano Peixoto e na própria residência do Barão de Studart na rua Barão do Rio Branco, 712; em 1934 teve sua sede na rua 24 de maio, depois voltou para a Assembleia; em 1951 foi para o Museu, onde depois foi o Fórum, na avenida Alberto Nepomuceno, até que, em 1956, o Governador Paulo Sarasate autorizou a instalação do Instituto no prédio do Grupo Escolar Rodolfo Teófilo, atualmente, FEAAC, por cessão e comodato datada de 29 de Outubro, e que ali permaneceu até 1967, quando este foi negociado com a UFC, indo o Instituto para sua sede definitiva, à rua Barão do Rio Branco, número 1594 (palacete do antigo comerciante Jeremias Arruda, de projeto atribuído ao Arquiteto João Sabóia Barbosa, conforme declaração de Dr. Liberal de Castro, arquiteto e professor de renome), onde entrou a 12 de setembro, em solenidade comemorativa do primeiro aniversário da administração do Governador Plácido Castelo (o reitor era o Dr. Fernando Leite e o Presidente do Instituto o Dr. Tomás Pompeu Sobrinho)".
Fonte: Professor Francisco de Andrade Barroso
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