A Ceasa-CE registrou um aumento de 5,4% no aproveitamento dos resíduos de hortigranjeiros produzidos no entreposto de Maracanaú, de janeiro a outubro deste ano, se comparado a igual período do ano passado. Em 2017, o total de aproveitamento foi de 819,52 toneladas e este ano já alcança no mesmo período a quantia de 863,70 toneladas.
De janeiro a outubro deste ano, foram comercializados no entreposto da Ceasa-CE em Maracanaú, 425.537,84 toneladas de hortigranjeiros, o que representa uma quantia de quase 1.400 toneladas/dia. Em 2017, em igual período, a quantia chegou a 427.562,93 toneladas.
A quantidade de resíduos produzidos até outubro deste ano foi de 5.758,09 toneladas, o que representa um total de 19 toneladas/dia. Desta quantia, 4.894,4 toneladas (16,1 toneladas/dia) são retiradas para aterro.
Segundo Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa, esse material é recolhido por entidades. “Houve um crescimento devido ao bom abastecimento no mercado local. Isso traz mais produtos e as quantidades são utilizadas por pessoas que vêm colher para suas famílias. Produtos que não são próprios para comercialização não são destinados para varejo. Entidades filantrópicas e religiosas vêm fazer a colheita e isso é muito sadio para o melhor aproveitamento”.
Aproximadamente 30% do total de hortigranjeiros descartados para comercialização são recolhidos por catadores no interior da Ceasa-CE. Neste percentual, também está incluído o recolhimento de produtos efetuados por eles para consumo próprio e como ração animal, pois apesar de estarem inadequados para comercialização, estão em condições de serem consumidos.
Do total de resíduos produzidos na Ceasa-CE de Maracanaú, 50% são de hortigranjeiros (2.879 toneladas) e nos outros 50% estão jornais, papelão, resíduos de serraria, madeiras, sacos de polietileno, plásticos, vidros, garrafas pet, capim e outros materiais utilizados para proteger alguns produtos e fechar as bocas de caixas e sacos.
Odálio Girão afirmou que alguns fatores contribuem de forma incisiva para os alimentos chegarem à central de abastecimento de forma imprópria para comercialização. “Danos mecânicos, excesso de manuseio, alimentos que não podem pegar muita chuva, acontece desses produtos serem colhidos e aproveitados. Ainda assim, a Ceasa tem muitos produtos que passam por uma coleta de grande quantidade de desperdício ou aproveitamento”.