O primeiro trecho de implantação do ramal Parangaba-Mucuripe, a ser percorrido por Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), começou a funcionar na última terça-feira, 27. O equipamento está em fase de teste e, por enquanto, não transporta passageiros. A previsão é de que a operação assistida comece no primeiro trimestre de 2017.
Já são 3,6 quilômetros concluídos, que equivalem a 30% da obra total e 70% do Trecho 2, que vai da Estação Borges de Melo à Parangaba. No período experimental, os funcionários farão avaliação de desempenho do veículo, qualidade da linha e ajuste técnicos. Os quatro vagões instalados têm capacidade para transportar até 766 pessoas, sendo 206 sentadas e 550 em pé. Os veículos são climatizados e fazem barulho semelhante a ônibus. Para passageiros, a sensação é de estabilidade.
TEMPO DE PERCURSO
A primeira viagem entre a estação Borges de Melo-Montese levou 18 minutos, com parada de cinco minutos na estação Vila União. O percurso foi exclusivo para a imprensa e integrantes do projeto. A viagem será repetida para teste do aparelho de segunda a sexta-feira, das 10 horas às 11 horas, com previsão inicial de quatro viagens por dia.
REPAROS
“Como percebemos, ainda tem alguns momentos com movimentação que gera incômodo aos passageiros. Isso é um exemplo onde a operação experimental vai atuar. Outra questão é educar a população para esse novo modal”, explicou o secretário estadual da Infraestrutura (Seinfra), André Facó. Nos trechos em que a linha férrea cruza avenidas da Capital, agentes da Autarquia Municipal do Trânsito (AMC) fazem o controle do tráfego. Para próximos meses está prevista a instalação de equipamentos para controle automatizado.
Conforme o secretário, até novembro todo o Trecho 2, correspondente às estações Montese-Parangaba, devem ser testados. Em seguida, o Trecho 1, a partir da avenida Borges de Melo até o Iate Clube, no Mucuripe, deve ser entregue. “Essa obra deve transcorrer ao longo de 2016 e 2017. A ideia é que até o segundo semestre de 2017 essa obra esteja finalizada.”, projetou o secretário.
ATRASO
Segundo o titular da Seinfra, impasses nas desapropriações atrasaram as obras. Previsto para julho de 2013, a implantação do VLT também sofreu com problemas na empresa executora. As obras foram paralisadas por mais de um ano e retomadas em julho do ano passado. Conforme o secretário, o trecho próximo ao Mucuripe é o que atualmente requer mais atenção. Contudo, ele garantiu que negociações e pagamentos aos desapropriados estão ocorrendo no prazo.