O Banco do Nordeste ampliou a disponibilidade de recursos voltados a projetos para aquisição e instalação de placas solares em residências. Para 2023, a instituição reservou R$ 186 milhões com essa finalidade, um acréscimo de 28% em relação ao orçado para 2022. Do total a ser desembolsado no próximo ano, R$ 29 milhões estão previstos para o Ceará.
O aumento da dotação reflete o aquecimento da procura de pessoas físicas para instalação de energia solar em suas casas. Nos últimos quatro anos, o BNB teve aplicações crescentes no segmento, superando, nesse ano, a marca de R$ 500 milhões em operações do gênero. Ao todo cerca de 15 mil famílias foram beneficiadas.
De acordo com o presidente do BNB, José Gomes da Costa, esse resultado é também consequência de uma modelagem simplificada e da automatização do processo de concessão de crédito, cujo avanço proporcionou, entre outras melhorias, a solicitação do financiamento de forma digital.
As operações são realizadas por meio da linha de crédito FNE Sol -- Pessoa Física, que tem como principais atrativos as taxas de juros, as menores do mercado, por contarem com recursos do Fundo Constitucional, e o prazo de pagamento, que pode ser de até oito anos, com até seis meses de carência.
“Nessa operação, as placas solares instaladas podem servir de garantia, o que acaba sendo uma facilidade para os clientes. Essas placas têm vida útil de até 20 anos. Ou seja, elas serão utilizadas por pelo menos 12 anos após a quitação do financiamento”, ressalta o presidente do BNB.
O executivo destaca ainda os ganhos sociais e ambientais com a adoção de energia limpa e renovável. “Calculamos que os financiamentos do FNE Sol - Pessoa Física evitaram a emissão de quase 100 mil toneladas de CO2 por ano na atmosfera. Para o Banco do Nordeste, que atua na promoção do desenvolvimento sustentável, isso também é uma grande conquista", diz José Gomes da Costa.
O desempenho do BNB, que também financia projetos de energia solar para empresas, resultou no prêmio especial Alide Verde 2021, o qual reconhece iniciativas que promovem a adoção de práticas mitigadoras de riscos ambientais ou voltadas para o desenvolvimento sustentável. Além disso, gerou mais de R$ 75 milhões em tributos e dois mil empregos indiretos.
Atualmente, de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a energia solar é a terceira fonte mais utilizada no País, sendo uma das mais representativas da matriz brasileira.