A Fecomércio-Ce em parceria com o Conselho Regional de Economia (Corecon-Ce) divulgam a quadragésima primeira edição da pesquisa Índice de Expectativas dos Especialistas em Economia (IEE). É o primeiro levantamento do ano sobre as perspectivas dos economistas em relação ao quadro econômico nacional. De acordo com os dados, ocorreu uma estabilização do número de variáveis analisadas com pessimismo em relação à pesquisa anterior, mantendo-se em seis.
Enquanto os índices de percepção geral (85,9 pontos) e presente (70,8 pontos) apresentaram pessimismo, o índice de percepção futura adentra o campo do otimismo (101,0 pontos). A pesquisa pontua de zero a 200 pontos as variáveis analisadas. Abaixo de 100 pontos configura-se uma situação de pessimismo e acima desse valor, otimismo. As seis variáveis percebidas com pessimismo foram: nível de emprego (98,8 pontos); taxa de juros (73,8 pontos); taxa de câmbio (73,1 pontos); gastos públicos (60,6 pontos); taxa de inflação (48,8 pontos) e salários reais (45,0 pontos), que atingiu a menor pontuação.
Apenas três variáveis foram analisadas com otimismo: evolução do PIB (133,1 pontos), oferta de crédito (122,5 pontos) e cenário internacional (117,5 pontos). Considerando a soma das variáveis, o índice de percepção geral passou de 82,3 pontos para 85,9 pontos, uma redução de 4,4% no pessimismo em relação à pesquisa anterior. Sobre o comportamento futuro das variáveis, a pesquisa revela otimismo, com o índice atingindo 101,0 pontos. Ademais, cabe destacar que a percepção sobre o desempenho presente apresentou queda no pessimismo, de 0,5%, alcançando 70,8 pontos.
As expectativas movem os agentes econômicos impactando, positivamente ou negativamente, o comportamento das diversas variáveis econômicas como consumo, investimento, poupança, taxa de juros, dentre outras. Ao mesmo tempo, a performance, positiva ou negativa das variáveis, índices e indicadores econômicos interfere na percepção dos diversos agentes econômicos. Assim, as expectativas são a um só tempo causa e consequência do comportamento econômico.
A pesquisa, de periodicidade bimestral, colheu no período janeiro-fevereiro as expectativas de 103 especialistas em economia. A amostra reúne profissionais dos mais diversos setores da economia cearense: indústria, agricultura, setor público, mercado financeiro, comércio e serviços. Economistas, empresários, consultores, executivos de finanças, professores universitários, pesquisadores, analistas e dirigentes de entidades diversas contribuíram com suas percepções