Ceará gera postos de trabalho com carteira assinada e fecha outubro com 2,9 mil vagas

Grande parte dos quase três mil empregos gerados ocorreu no interior do Ceará
14:15 | 23 de nov de 2017 Autor: Joelma Leal
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O Ceará gerou, pelo quinto mês consecutivo, vagas de trabalho com carteira assinada, finalizando outubro de 2017 com a criação de 2.918 postos. No mesmo período de 2016 foram extintas 2.285 vagas.


Em dez meses, o Ceará registrou saldo positivo em seis. O Estado, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, ficou na nona posição na geração de emprego com carteira assinada em outubro, enquanto Alagoas ocupou o primeiro lugar, com 16.393 postos, seguido por São Paulo (11.349 vagas), Pernambuco (8.718 vagas) e Santa Catarina (8.611 vagas). A boa notícia está no Enfoque Econômico (nº 170) – Desempenho do Emprego Celetista Cearense em Outubro de 2017, lançado hoje pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará.


O estudo revela que grande parte dos quase três mil empregos gerados com carteira assinada em outubro de 2017 ocorreu no interior do Ceará, responsável por 803 vagas. A Região Metropolitana de Fortaleza respondeu pelos demais 1.115 postos de trabalho. Dentro do ano, é o oitavo mês que o interior cearense apresenta um resultado no saldo de empregos melhor em relação a Região Metropolitana de Fortaleza, tanto por apresentar saldos positivos maiores (junho, agosto, setembro e outubro) ou saldos negativos menores (janeiro, março, abril e maio). Portanto, é possível notar que o interior tem sido o grande responsável pela geração de empregos com carteira assinada no Ceará, acumulando um saldo positivo de 3.815 vagas, contra um saldo negativo de 4.684 postos da Região Metropolitana de Fortaleza.


Dos 184 municípios cearenses, 87 apresentaram, em outubro, saldo positivo, 30 do nulo e 67 saldos negativo. A cidade de Fortaleza foi destaque com a maior geração de vagas de trabalho celetista (915 vagas); seguida por Sobral (665 vagas), Morada Nova (333 vagas), Horizonte (205 vagas) e Juazeiro do Norte (202 vagas). A Capital alcançou esse saldo graças ao setor do comércio varejista, que empregou 426 trabalhadores; seguido pela Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (265 vagas); Indústria têxtil do vestuário e acessórios (174 vagas) e Construção civil (148 vagas). O bom desempenho de Sobral foi consequência da Indústria de calçados, que contratou 482 trabalhadores; seguido pelo setor de Serviços médicos, odontológicos e veterinários (115 vagas) e a Construção civil (67 vagas).


Já os maiores saldos negativos foram verificados no Eusébio (-161 vagas); seguido de Russas (-139 vagas), Icapuí (-131 vagas), Limoeiro do Norte (-108 vagas) e Aquiraz (-84 vagas). O trabalho, que tem como autores Alexsandre Lira Cavalcante, analista de Políticas Públicas, e os estagiários Matheus dos Santos Carvalho e Heitor Gabriel Silva Monteiro, todos do Ipece, observa que o resultado de Eusébio foi “influenciado pelo setor de Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos, que destruiu 161 vagas de emprego; seguido pelo Comércio atacadista que fechou 31 vagas e pelo setor de Serviços de alimentação e alojamento, com 23 vagas a menos”.